Desses que todos conhecem
Arcabouço de arrogância
Em crise decadente.
Homem de artimanhas intensas
Que crê possuir uma armadura e
[salvo o engano e esquecimento]
Entrega-se a concretude da transparência.
Homem desnudo, desmascarado.
Em abstrata condição natural.
Atravessa a cidade
Na ilusória sensação de
Ser o que não é.
O homem caminha pronunciando belas palavras,
Mas a tua boca exala a hipocrisia
Diz enxergar as dificuldades do mundo.
Mas teus olhos exalam injúria.
Levanta placas em protestos.
Mas teu corpo exala a indiferença
Diz acreditar no amor,
Mas teu corpo exala a discórdia.
Teu corpo exala a podridão humana.
Os teus poros, vísceras e vértebras,
Exalam ferrugem e carvão.
Teu corpo exala as próprias fraquezas,
E meu ser é de todo comiseração.
Pra quem só é aparência.
A nudez do homem
É uma verdade inconveniente.
Guardada em silêncios impuros.
Pelo pobre ser que será apenas pó.
6 comentários:
Que lindo seu catinho *-*. Ainda não conhecia e fiquei encantada *-*.
Gostei ainda mais das tuas palavras. Teus versos são verdadeiros e nos fazem refletir sobre as nossas próprias máscaras, como estamos vivendo de aparências.
Beijos.
http://gabipuppe.blogspot.com.br/
No fim, todo homem é igual. E todos morreremos no final.
Mas aqui tá lindo demais, menina! E a poesia, então? Eu adorei. Tenho cá minha queda por poesias, devo confessar. Mas a forma como você levou a poesia do início ao fim sem perder o foco foi muito boa! Parabéns, viu?
Um beijo, @pequenatiss.
Lindo, querida! Fez-me recordar do conto "o rei está nu".
Parabéns!
Você consegue deixar até a hipocrisia elegante com suas palavras hein...
Brincadeira, hipocrisia é hipocrisia sempre, e nós infelizmente somos hipócritas até sem perceber.
Enfim, sempre com suas sábias palavras!
Ué, tá instalado ;)
hahaha
mas, seria bom retirar ou editar essa imagem no topo, né?
;*
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