O corpo deflora violentado no fogo
as cinzas demoram frias em torno
dos tempos avessos em
rastros tardios.
E em espasmos se desmonta,
em dor aguda se desfaz.
Tem-se erros e vísceras,
tem-se medo de ficar oco.
Descasca-se na confissão.
Só agora, penetra-se.
E então?
Colhe-se imaturo.
Homem seco
com o peso do mundo
envolto todo em sombra
da sobra do tempo.
O que lhe restou.
Na ausência da palavra, o corpo,
na ausência do corpo, a alma,
na ausência da alma, o fim.
5 comentários:
Uau, que lindo!
''O que lhe restou.
Na ausência da palavra, o corpo,
na ausência do corpo, a alma,
na ausência da alma, o fim.''
*-*
Isso mexeu comigo, sério '-'
Beijos.
muito massa Ulli!!
bjsss
Me apaixonei pelo poema. É tão intenso, emocionante, tocante e profundo.
O blog então é todo delicado e organizado. Algo como: "sinta-se em casa". Parabens pelo belíssimo trabalho, o qual nao deve passar despercebido.
Estou lhe seguindo. Segue meu blog: http://lamoreinparole.blogspot.com/
Uh, cada vez mais impecáveis os seu poemas. Ta maravilhoso, amei dmais!
Os textos mais lindos que eu li nessas ferias foram os seus ulli. os seus textos e poemas sao tao legais quanto o seu nome, e vc sabe o quao legal eu acho seu nome.
ps: vc tem uma bio mto, mto, mto massa.
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