Contemplação humana.


O corpo deflora violentado no fogo
as cinzas demoram frias em torno
dos tempos avessos em
rastros tardios.

E em espasmos se desmonta,
em dor aguda se desfaz.
Tem-se erros e vísceras,
tem-se medo de ficar oco.

Descasca-se na confissão.
Só agora, penetra-se.
E então?
Colhe-se imaturo.

Homem seco
com o peso do mundo
envolto todo em sombra
da sobra do tempo.

O que lhe restou.
Na ausência da palavra, o corpo,
na ausência do corpo, a alma,
na ausência da alma, o fim.

5 comentários:

Jhonatan Thiago disse...

Uau, que lindo!

''O que lhe restou.
Na ausência da palavra, o corpo,
na ausência do corpo, a alma,
na ausência da alma, o fim.''

*-*
Isso mexeu comigo, sério '-'

Beijos.

Textos disse...

muito massa Ulli!!
bjsss

L'amore in Parole disse...

Me apaixonei pelo poema. É tão intenso, emocionante, tocante e profundo.
O blog então é todo delicado e organizado. Algo como: "sinta-se em casa". Parabens pelo belíssimo trabalho, o qual nao deve passar despercebido.

Estou lhe seguindo. Segue meu blog: http://lamoreinparole.blogspot.com/

Jéssica Peres disse...

Uh, cada vez mais impecáveis os seu poemas. Ta maravilhoso, amei dmais!

Humberto C. Junior. disse...

Os textos mais lindos que eu li nessas ferias foram os seus ulli. os seus textos e poemas sao tao legais quanto o seu nome, e vc sabe o quao legal eu acho seu nome.
ps: vc tem uma bio mto, mto, mto massa.