Sangro
a cada palavra.
Dos
cadernos da gaveta.
Que
transcrevem em meu corpo,
adequando
a silhueta.
Começou pelas costas,
lisa,
perfeita, espaçosa.
Passou
devagar pelas coxas,
barriga,
pés, mãos.
Nos
territórios do sentir.
Dos
diversos e afins.
Lapidam essa matéria bruta.
São
versos, palavras sem nexo.
Uma
crônica que sobrepõe o corpo,
e
dói nos mínimos sentidos.
São pedaços dos textos que não mostrei.
Escritos
marginais,
Sem
papel de rascunho.
Palavras
sobre a pálpebra.
Silêncio
nu na pele página.
Poesia
de corpo-diário.
Um comentário:
"Nos territórios do sentir.
Dos diversos e afins."
Lindo ao extremo.
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