Padece timidamente a Rosa
Reluzindo no amanhecer,
Sobre o fraco brilho da aurora,
a dor amarga do sofrer.
E se move com o vento,
perdendo-se pelos cantos,
voa em desalento,
à procura de um [en]canto.
E vai pendendo,
de árvore em árvore,
dependendo apenas,
da sua passagem.
Despedaçando-se pelo caminho.
Até, por fim, só lhe restar
uma única pétala.
Pequeno resquício de primavera.
Já era, meu amor, já era.
A estação passou,
mudou de cor.
Mas a última pétala ainda voa.
Vaga plenamente sozinha,
pela vazia rua,
passa às vezes esquecida
até tocar a minha pele nua.
A última visita
passa a minha vista
e se vai.
Um comentário:
Raramente vejo poemas que me agradam tanto! *-*
Lindo, lindo.
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