E o domingo, que era pé de cachimbo, tornou-se poesia.
Fez-se em mim café com azia, deitou-se feito preguiça.
Esticou-se pra ver o céu cheio de nuvens de amor.
Deixou o vento guiar suas dúvidas. Deixou há-braços.
Fez fofoca com as amiguinhas, bateu na porta da vizinha, pobre segunda-feira...
Queria ser sempre a primeira. Pediu certa vez pra dona Semana, que demitisse o domingo.
- Esse domingo abusado, onde já se viu primeiro dia sem trabalho?
O domingo foi então pra varanda de casa, observar a tarde vazia.
Quanto, me diz quanto, vale a vida de um dia?
Uma releitura de um poema que postei há algum tempo.
2 comentários:
Lindo poema! Sortudo domingo.
De todos poemas que ja li seu, esse ta um dos melhores, seus poemas parecem poemas de gente grande.
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